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Cinta (Colete) para Prevenir Dor Na Coluna Lombar Funciona?

Dor as costas é uma queixa comum da população, especialmente entre idosos. Tradicionalmente, dores inespecíficas na coluna estão sendo associadas com atividades físicas pesadas. No entanto, atividades estáticas como ficar sentado ou em pé por muito tempo também estão sendo fatores que contribuem para dor lombar. Órteses lombares, como as cintas, vem sendo usadas nas atividades físicas pesadas para aliviar ou até prevenir dores nas costas, mas será que a cinta (colete) funciona para prevenir dor na coluna lombar?

Órteses para a coluna são sistemas mecânicos prescritos para aplicar pressão externa em pontos específicos para imobilizar, apoiar ou corrigir deformidades da coluna vertebral. Vários tipos de órteses são feitos especificamente para cervical, toraco-lombar e coluna sacral.  As órteses para coluna aumentam a percepção da própria postura corporal por meio de biofeedback e, portanto, podem levar a uma melhor postura em curto prazo.

Não se pode depender da órtese para alívio da dor a longo prazo. As cintas são normalmente recomendadas em uma base de curto prazo. Acredita-se que usar uma órtese mais tempo que o recomendado contribui para atrofia muscular e dependência da órtese, o que pode enfraquecer as costas, aumentar a chance de lesões e piorar a dor.

A cinta pode trazer algum benefício, desde que utilizado por alguns dias, nessas condições a cinta promoverá uma diminuição da mobilidade da coluna, fazendo com que o processo inflamatório regrida de forma mais rápida. Especialistas indicam o uso de 3 a 5 dias, depois desse período, os músculos da cadeia posterior podem começar a hipotrofiar e perder função.

No entanto, o uso crônico e prolongado do uso da cinta lombar acaba enfraquecendo a musculatura das costas se usada por longos períodos, a qual é fundamental e de suma importância para estabilizar a coluna vertebral e o tronco. O uso da cinta abdominal ou lombar não é recomendado ou deve ser usado com parcimônia pelo fato de enfraquecer a musculatura das costas.

Logo, essa não é a melhor alternativa! Tendo em vista que se o indivíduo está realizando o tratamento para dor crônica na coluna, uma excelente opção a se fazer é fortalecer a musculatura das costas com exercícios, para que a musculatura se condicione e suporte ou compense algum tipo de desgaste ou processo degenerativo. É por isso que o fortalecimento dos músculos da região lombar e o trabalho associado com musculatura abdominal e as extremidades superior e inferior leva a prevenção e reabilitação de desordens musculoesqueléticas.

O Uso da Cinta (Colete) Para Dor Na Coluna Lombar É A Melhor Opção?

Cinta (Colete) para Prevenir Dor Na Coluna Lombar Funciona?

Diversos estudos, com prática baseada em evidência, repetem essa pergunta, “cinta (colete) funciona para prevenir dor na coluna lombar?” Esses sugerem que o uso da cinta pode causar hipotrofia nos músculos do core, devido a dependência constante das cintas, fazendo potencialmente que as costas sejam susceptíveis a lesões. No entanto, alguns estudos não encontraram redução significativa na força muscular do core com o uso das órteses. O consenso geral é de que quando uma órtese é usada de acordo com as instruções médicas, é muito pouco provável que a atrofia se torne um problema.

É importante reconhecer que a cinta lombar quase nunca é permanente em um plano de tratamento. A cinta lombar é usualmente prescrita para ser utilizada por determinado número de horas por dia, e o regime pode durar de dias a semanas. O período de tempo para a órtese é delineado e monitorado pelo médico para limitar a dependência da órtese, prevenir a atrofia muscular e mitigar outros efeitos negativos do uso prolongado, garantindo a máxima eficiência.

Condições Que Podem Ser Benéficas Com O Uso Da Cinta

Cinta (Colete) para Prevenir Dor Na Coluna Lombar Funciona?

cinta (colete) funciona em casos específicos para prevenir dor na coluna lombar, tendo em vista o tempo de uso, a cinta ajuda a curar e aliviar dor nas seguintes condições:

Cicatrização pós-operatória: Cintas mais firmes e rígidas podem ser prescrita após uma cirurgia na coluna, com o objetivo de reduzir a pressão na coluna, mantendo a estabilidade e limitando os movimentos para realizar um bom pós operatório. De acordo com estudos clínicos, o uso da cinta foi recomendada para uso seguido de cirurgia entre 3 a 8 semanas, mas a duração é diferente baseado na necessidade de cada paciente.

Espondilólise: Uma cinta semi-rígida ou rígida pode ser recomendada para minimizar e evitar movimentos e micro movimentos dolorosos em determinado nível vertebral fraturado, assim como prevenir ou reduzir o deslizamento vertebral (espondilolistese ístmica), reduzindo a dor e permitindo a cicatrização do tecido.

Osteoartrite: A instabilidade e os micro-movimentos dolorosos da osteoartrite espinhal podem ser reduzidos com o uso de uma cinta rígida. Além disso, a cinta pode reduzir a pressão das articulações nos discos vertebrais, aliviando a dor e tornando movimentos rotineiros mais fáceis de serem realizados.

Fraturas por compressão vertebral: Uma rígida cinta para as costas é recomendada para fraturas por compressão vertebral, no intuito de reduzir micro movimentos entre as vértebras, assim como reduzir a pressão sobre a coluna vertebral.

Hérnia de disco lombar: Quando há o surgimento de uma hérnia de disco ou bico de papagaio, uma cinta rígida ou semi-rígida pode ajudar a estabilizar e reduzir movimentos da coluna. Também ajuda limitando a flexão e a torção do tronco e carregando parte do peso que a coluna suporta.

Tensão e distensão muscular lombar: Em casos raros, a cinta lombar flexível pode ser recomendada para tensão nos músculos da coluna lombar. A cinta lombar pode ajudar, aliviando a tensão dessas musculaturas, por reduzir a pressão na espinha, assim como a quantidade de força necessária nos músculos para sustentar a coluna vertebral. Além disso, o calor do colete pode ajudar a relaxar a tensão muscular, contribuindo para o alívio da dor. A cinta lombar para lesões ou fraquezas musculares é não é recomendada geralmente por mais de 2 a 4 dias.

Lembrando que o uso da cinta não é recomendada de forma crônica! Caso algum desses casos ocorra procure um profissional adequado.

Existem também outras condições frequentes para o uso das cintas, entre elas:

  • Torcicolo;
  • Radiculopatia;
  • Fraturas estáveis, estabilização pós-cirúrgica e/ou fusão;
  • Osteoporose;
  • Cifose ou escoliose;
  • Lesões de tecidos moles, por exemplo, lesão em chicote na cervical, tensão muscular e dor de câncer metastático;
  • Pós-trauma no cenário de fraturas da coluna vertebral;
  • Controle pós-operatório de fraturas;
  • Cuidados pós-cirúrgicos após fusão ou reconstrução da coluna vertebral;

A consulta com um médico é recomendada antes do uso da cinta lombar. A avaliação médica ajudará a determinar se a órtese será benéfica para o caso específico, assim como avaliar o tipo de órtese necessária e como ela deve ser usada.

Com o objetivo de:

  • Aplicar uma leve pressão no tronco para ajudar ajustar a postura e tirar o peso da coluna vertebral;
  • Fornecer suporte espinhal para aliviar a pressão dos músculos enfraquecidos ou lesionados;
  • Limitar/controlar moderadamente a amplitude de movimento, permitindo, em alguns casos, flexão e torção, por exemplo, usando uma cinta flexível, possibilitando uma amplitude de movimento suficiente;
  • Relaxar músculos tensos através do calor da cinta;
  • Manter ou corrigir o alinhamento da coluna vertebral;
  • Prevenir ou corrigir deformidades/contraturas
  • Ajudar no alívio da dor
  • Corrigir a postura/posicionamento

Tratamento

Cinta (Colete) para Prevenir Dor Na Coluna Lombar Funciona?

A associação da prática de atividade física com o intuito do fortalecimento da musculatura profunda do tronco, através de exercícios resistidos com a redução de sintomas álgicos pode ser explicada, pelo fato de que, contrações musculares fortes ativam os receptores de tensão do músculo, cujas aferências nervosas provocam a liberação de opióides endógenos, os quais estimulam a liberação de endorfina pela hipófise. Assim, acredita-se que o aumento dos níveis de endorfina ao final do treinamento levaria à redução tanto da dor central como da periférica. Outra hipótese em relação aos sintomas dolorosos está relacionada ao fato dos treinos de força e/ou resistência, teriam papel na estimulação do crescimento dos capilares sanguíneos, o que aperfeiçoaria a oferta de oxigênio, a remoção de resíduos metabólicos algogênicos e promoveria a melhor nutrição do tecido muscular.

O exercício é um dos tratamentos mais eficientes para as disfunções na coluna, isso tanto a longo quanto em curto prazo.

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